quarta-feira, 31 de agosto de 2011
heroísmo
o cancro é um filho da puta que o pariu (obrigado W!).
vivemos numa época em que o homem se considera não só o centro do universo, como seu superior. o cancro tem o condão de nos mandar todos à merda, reduzindo-nos à nossa insignificância e retirando toda e qualquer réstia de dignidade à condição humana.
no entanto e apesar de todo o mal, esse filho da puta tem uma coisa boa: ensina-nos a relativizar as coisas, a vida no geral. a discussão de trânsito passa a ser ridícula. fechas o vidro e segues em frente. o dinheiro passa a ser apenas e só isso. os afectos passam ao seu devido lugar e por um tempo dás valor a tudo o que tens. vai passar, não te preocupes, mas enquanto dura ficamos com a sensação que na grande generalidade das situações ordenamos mal as nossas prioridades. entristece, é verdade, mas simultaneamente dá-nos força para seguir em frente com a lição aprendida.
é possível que amanhã mande o taxista à merda. mas hoje não. hoje vou fechar o vidro.
n.b. - parabéns mãe. és a minha heroína.
vivemos numa época em que o homem se considera não só o centro do universo, como seu superior. o cancro tem o condão de nos mandar todos à merda, reduzindo-nos à nossa insignificância e retirando toda e qualquer réstia de dignidade à condição humana.
no entanto e apesar de todo o mal, esse filho da puta tem uma coisa boa: ensina-nos a relativizar as coisas, a vida no geral. a discussão de trânsito passa a ser ridícula. fechas o vidro e segues em frente. o dinheiro passa a ser apenas e só isso. os afectos passam ao seu devido lugar e por um tempo dás valor a tudo o que tens. vai passar, não te preocupes, mas enquanto dura ficamos com a sensação que na grande generalidade das situações ordenamos mal as nossas prioridades. entristece, é verdade, mas simultaneamente dá-nos força para seguir em frente com a lição aprendida.
é possível que amanhã mande o taxista à merda. mas hoje não. hoje vou fechar o vidro.
n.b. - parabéns mãe. és a minha heroína.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
para dormir de um sono só *
Laura Burhenn (BMSR Remix) - Just for the Night
* e pronto, acabaram-se as férias. e pronto, está tudo bem. a sério.
para dormir de um sono só
learn to live, learn to love
learn to feel happy
learn to recognise
where the joy lies
tindersticks - don't ever get tired *
* i won't
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
foi por ela que eu deixei de ser quem era
sem saber o que me espera foi por ela
Fausto Bordalo Dias - Foi por Ela
sossego *
Sofía: Every passing minute is another chance to turn it all around.
Vanilla Sky
* (deriv. regr. de sossegar; nome masculino: acto ou efeito de sossegar; aquilo que permite sossegar; descanso; alívio; ausência de agitação, tranquilidade, paz, quietude; repouso)
amor (latim amor, -oris), s. m.
como já devem ter reparado gosto de ver casais felizes.
cruzei-me com um outro. desciam a rua da misericórdia e eu vinha com cara de fim de dia de trabalho. já eles pareciam felizes. de mão dada.
gosto de ver casais de mão dada. a mão dada é, para mim que já a desvalorizei, algo que reflecte a forma de estar numa relação. naquela altura achava uma patetice (dicionário de lisbonense, edição desconhecida, volume único). sei porquê e é fácil de perceber. hoje acho indispensável.
não gosto daqueles casais que parecem estar a afirmar ao mundo que se desejam loucamente. os que se desejam loucamente normalmente não precisam de o anunciar. gostam e pronto.
mas a mão dada é bom de ver. releva cumplicidade. releva que se gosta do toque da outra pessoa.
e eu gosto de ver casais felizes de mão dada.
n.b. - deixei de usar maiúsculas. se o valter hugo pode eu também posso.
cruzei-me com um outro. desciam a rua da misericórdia e eu vinha com cara de fim de dia de trabalho. já eles pareciam felizes. de mão dada.
gosto de ver casais de mão dada. a mão dada é, para mim que já a desvalorizei, algo que reflecte a forma de estar numa relação. naquela altura achava uma patetice (dicionário de lisbonense, edição desconhecida, volume único). sei porquê e é fácil de perceber. hoje acho indispensável.
não gosto daqueles casais que parecem estar a afirmar ao mundo que se desejam loucamente. os que se desejam loucamente normalmente não precisam de o anunciar. gostam e pronto.
mas a mão dada é bom de ver. releva cumplicidade. releva que se gosta do toque da outra pessoa.
e eu gosto de ver casais felizes de mão dada.
n.b. - deixei de usar maiúsculas. se o valter hugo pode eu também posso.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
mais um a dar-me razão
"Man is sometimes extraordinarily, passionately, in love with suffering."
Fyodor Dostoevsky
Fyodor Dostoevsky
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
estado de espírito *
Asterisco Cardinal Bomba Caveira - Salão Paroquial
* no último dia de trabalho antes das (merecidas!) férias. Oh yeah!
frases que tinham tudo para dar certo
"Encontramo-nos * na casa de banho."
* já devidamente corrigido e com a lição gramatical aprendida. obrigado W!
* já devidamente corrigido e com a lição gramatical aprendida. obrigado W!
amor (latim amor, -oris), s. m.
"When she laughed you could hear her at sea, or so the sailors claimed."
Truman Capote
Truman Capote
amor (latim amor, -oris), s. m.
"Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro
lembrou-me *
Asterisco Cardinal Bomba Caveira - Passeio de Bicicleta
* aquele convite para ver aviões a aterrar.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
frases que tinham tudo para dar certo *
"E há assim mais alguma coisa que queres que eu te faça?"
* pooooooois...
* pooooooois...
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
fins de tarde na labuta *
* nada melhor do que uma bela guitarrada, que, ainda por cima, recorda que estamos em agosto, o que significa que não há 'crosstown traffic'! Oh yeah!
N.B. - este trocadilho foi extraordinariamente bem conseguido! os anos passam (eu sei que está quase) e eu estou cada vez melhor! um senhor 'carago'!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
estavam a jantar numa esplanada qualquer. ela subitamente levantou-se e abraçou-o com força.
nunca saberei se ele lhe teria dito algo triste e ela estaria a confortá-lo. ou se ela lhe teria confessado uma incerteza e estivesse a suplicar perdão. ou se ele não gostava mais dela e ela quisesse pedir-lhe que ficasse.
cada um entenderá as coisas à sua maneira.
eu cá acho que depois de um belo e longo jantar numa noite de verão ela terá sentido saudades dele, levantando-se para o abraçar e sussurrar-lhe ao ouvido que ele a faz feliz.
nunca saberei se ele lhe teria dito algo triste e ela estaria a confortá-lo. ou se ela lhe teria confessado uma incerteza e estivesse a suplicar perdão. ou se ele não gostava mais dela e ela quisesse pedir-lhe que ficasse.
cada um entenderá as coisas à sua maneira.
eu cá acho que depois de um belo e longo jantar numa noite de verão ela terá sentido saudades dele, levantando-se para o abraçar e sussurrar-lhe ao ouvido que ele a faz feliz.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
desejo
tinha por hábito rasgar todas as folhas onde encontrava as intenções de outro alguém procurar definir desejo.
acto de desejar; vontade; aspiração; apetite; querer; apetecer, diziam.
recordava o que sentia quando trocavam olhares e achava aquilo injusto. como é que alguém podia tentar escrever o que seria o desejo sem conhecer aquele aumento de pulsar, aquela vontade por um primeiro toque na pele que se arrepia, como que não aguentando esperar por mais. como podiam ousar, pensava.
e continuou a rasgar todas aquelas tentativas cinzentas de dar uma ideia daquele sentimento. sabe que por muito que escreva nunca poderá de forma justa descrever o que ele sentia quando de manhã a via entrar naquela sala.
e sorria.
acto de desejar; vontade; aspiração; apetite; querer; apetecer, diziam.
recordava o que sentia quando trocavam olhares e achava aquilo injusto. como é que alguém podia tentar escrever o que seria o desejo sem conhecer aquele aumento de pulsar, aquela vontade por um primeiro toque na pele que se arrepia, como que não aguentando esperar por mais. como podiam ousar, pensava.
e continuou a rasgar todas aquelas tentativas cinzentas de dar uma ideia daquele sentimento. sabe que por muito que escreva nunca poderá de forma justa descrever o que ele sentia quando de manhã a via entrar naquela sala.
e sorria.
domingo, 7 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
sextas
Morning comes awake to your wildest dreams
Let the day light break, set the angels free
Thurston Moore - Illuminine
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
excepções *
Real Estate - Barely Legal (The Strokes cover)
* não sou adepto confesso de 'coverizações'.
coisas simples(mente estúpidas)
112: Bom dia. Qual é a emergência?
Senhora do PSD: Nenhuma. Era só mesmo para saber se estava tudo bem.
Senhora do PSD: Nenhuma. Era só mesmo para saber se estava tudo bem.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
fins de tarde (chuvosos) *
Washed Out - Eyes Be Closed
* "mas que m***@ de tempo que não dá para fazer nada de jeito" desabafou. lembrei-me imediatamente de imensas coisas para fazer em fins de tarde chuvosos. não lhe disse nada. não podia. fica a música, uma capa sugestiva e a chuva que não pára.
frases que tinham tudo para dar certo *
"As Pinanças"
* já que têm por objectivo f*derem a malta à grande, podiam pelo menos ter um nome condigno. fica aqui a ideia de um colega de trabalho.
* já que têm por objectivo f*derem a malta à grande, podiam pelo menos ter um nome condigno. fica aqui a ideia de um colega de trabalho.
a propósito de uma manhã de chuva em agosto
Cat Power - Colors and the Kids
N.B. - cores e miúdos. cores e miúdos! e não se pode pedir muito mais.
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