tinha por hábito rasgar todas as folhas onde encontrava as intenções de outro alguém procurar definir desejo.
acto de desejar; vontade; aspiração; apetite; querer; apetecer, diziam.
recordava o que sentia quando trocavam olhares e achava aquilo injusto. como é que alguém podia tentar escrever o que seria o desejo sem conhecer aquele aumento de pulsar, aquela vontade por um primeiro toque na pele que se arrepia, como que não aguentando esperar por mais. como podiam ousar, pensava.
e continuou a rasgar todas aquelas tentativas cinzentas de dar uma ideia daquele sentimento. sabe que por muito que escreva nunca poderá de forma justa descrever o que ele sentia quando de manhã a via entrar naquela sala.
e sorria.
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