«I like geography best, he said, because your mountains & rivers know the secret. Pay no attention to boundaries.»
Brian Andreas, "Story People: Selected Stories & Drawings of Brian Andreas"
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
amor & coisas simples
I know
you and I
are not about poems or
other sentimental bullshit
but I have to tell you
even the way
you drink your coffee
knocks me the fuck out.
Clementine von Radics
you and I
are not about poems or
other sentimental bullshit
but I have to tell you
even the way
you drink your coffee
knocks me the fuck out.
Clementine von Radics
coisas simples
Reiner: Are you really that cold?
Malkina: The truth has no temperature.
The Counselor, Ridley Scott
Malkina: The truth has no temperature.
The Counselor, Ridley Scott
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
projectos
may my heart always be open to little
birds who are the secrets of living
whatever they sing is better than to know
and if men should not hear them men are old
may my mind stroll about hungry
and fearless and thirsty and supple
for even if it's sunday may i be wrong
for whenever men are right they are not young
and may myself do nothing usefully
and love yourself so more than truly
there's never been quite such a fool who could fail
pulling all the sky over him with one smile
53, E.E. Cummings
birds who are the secrets of living
whatever they sing is better than to know
and if men should not hear them men are old
may my mind stroll about hungry
and fearless and thirsty and supple
for even if it's sunday may i be wrong
for whenever men are right they are not young
and may myself do nothing usefully
and love yourself so more than truly
there's never been quite such a fool who could fail
pulling all the sky over him with one smile
53, E.E. Cummings
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
coisas simples
- Where do you want to go?
- Wherever you want to take me.
Chungking Express, Wong Kar Wai
- Wherever you want to take me.
Chungking Express, Wong Kar Wai
notícias tristes
Cinema King fecha as portas
N.B. - grande Jô, proponho que façamos a missa do sétimo dia num jantar no Matos, seguido da leitura de umas breves palavras do Mourinha junto à entrada deste espaço sagrado do pseudismo.
N.B. - grande Jô, proponho que façamos a missa do sétimo dia num jantar no Matos, seguido da leitura de umas breves palavras do Mourinha junto à entrada deste espaço sagrado do pseudismo.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
rebeldes
Quando uma obra de Banksy aparece num qualquer leilão de arte pode valer vários milhares de euros. Mas quando é o próprio artista que decide pôr à venda os seus trabalhos, numa manobra irrepetível, têm o preço único de 60 dólares (pouco mais de 44 euros). Foi o que aconteceu este sábado em Nova Iorque. Não houve aviso, passou despercebido a alguns e ao final do dia ainda muitas telas estavam por vender. Mais depressa a maioria das pessoas pensou que na banca montada nos arredores do Central Park estavam falsificações do que originais do icónico artista britânico.
Banksy não apoia o mercado da arte. Quem há muito tempo segue o artista sabe que quando uma ou outra obra do britânico aparece em leilão é porque esta foi “retirada” de alguma parede, sem a autorização do artista, que por várias vezes já se manifestou contra a venda dos seus trabalhos. No seu site, por exemplo, existe um separador para a loja online, onde na verdade, não há nada à venda – Banksy disponibiliza os seus próprios desenhos para impressão. É uma espécie de "faça você mesmo". Quer uma caneca, uma t-shirt ou um saco com um trabalho de Banksy? Imprima e mande fazer em qualquer lado. Neste momento este separador só não está disponível porque o site de Banksy está dedicado à sua residência em Nova Iorque.
Foi aliás, no âmbito desta iniciativa, intitulada Better Out Than In, na qual Banksy todos os dias, durante o mês de Outubro, revela um novo trabalho nas ruas de Nova Iorque, que o artista instalou uma banca de venda nos arredores do Central Park. No site, transformado em diário desta residência, Banksy divulgou este domingo um vídeo, a contar a acção.
“Ontem montei uma banca no jardim para vender telas 100% originais assinadas por Banksy. Cada uma por 60 dólares”, lê-se no site do artista natural de Bristol, Inglaterra, cuja identidade ninguém conhece. E para aqueles que ainda pensaram que por estes dias encontrariam a banca, o artista deixa ainda uma mensagem: “A banca já não vai estar lá hoje”.
No vídeo, registado por uma câmara oculta, vê-se que a primeira venda acontece apenas da parte da tarde. Ou seja, de manhã a banca passou despercebida ou pelo menos ninguém lhe deu valor. E mesmo quem comprou, não teria a certeza do que estava a comprar. Assim se nota na primeira venda do dia que acontece às 15h30 quando uma senhora decide comprar duas telas para oferecer aos seus filhos. E isto, só depois de ter negociado um desconto de 50%.
Meia hora depois, uma senhora da Nova Zelândia, como é identificada no vídeo, compra duas obras. Mais de uma hora depois, volta a acontecer uma nova compra. Quando um homem de Chicago compra quatro telas para “decorar a sua nova casa”.
Às 18h00, a banca fecha e as telas são arrumadas. O saldo da venda foi de 420 dólares (aproximadamente 310 euros), um valor que contrasta com o stencil de uma criança que costura bandeiras do Reino Unido e que em Junho foi vendido em leilão por um milhão de euros.
Aqui
lambarices
Caderno Inglês
«Tinha comprado este caderno em Londres, se bem me lembro, há uma catrefada de anos, e disse que só ia escrever nestas páginas numa ocasião especial (eis o tipo de idiota que eu sou). O caderno estava arrumado, ou antes, escondido, a recato de eventuais e temidas «ocasiões especiais». E agora está em cima da mesa, ainda por abrir, ele à minha espera e eu à espera não sei de quê, um objecto mitificado e um sujeito que gosta de adiamentos e de fantasias.»
Mestre
«Tinha comprado este caderno em Londres, se bem me lembro, há uma catrefada de anos, e disse que só ia escrever nestas páginas numa ocasião especial (eis o tipo de idiota que eu sou). O caderno estava arrumado, ou antes, escondido, a recato de eventuais e temidas «ocasiões especiais». E agora está em cima da mesa, ainda por abrir, ele à minha espera e eu à espera não sei de quê, um objecto mitificado e um sujeito que gosta de adiamentos e de fantasias.»
Mestre
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
coisas simples
Angelina Jolie receives the Jean Hersholt Humanitarian Award at the 2013 Governors Awards
amor & coisas simples
«To have her here in bed with me, breathing on me, her hair in my mouth — I count that something of a miracle.»
Henry Miller, Tropic of Cancer
Henry Miller, Tropic of Cancer
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
obrigado
O Temos de Sofrer agradece à Selecção Nacional os melhores momentos da sua existência. Sempre a considerar, o Vosso Estóico.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
coragem
«Be soft. Do not let the world make you hard. Do not let pain make you hate. Do not let the bitterness steal your sweetness. Take pride that even though the rest of the world may disagree, you still believe it to be a beautiful place.»
Kurt Vonnegut
Kurt Vonnegut
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
sugestões de prendas de Natal #1
Sophia de Mello Breyner por Fernando Lemos
Mais informações na Perve Galeria.
N.B. - pormenores: o p.v.p. anunciado é de € 4.500, mas a Senhora da Galeria disse, de forma simpática, que fariam um desconto.
lambarices #2
A propósito do post anterior, já agora e como quem quer a coisa, a música que é bem catita:
Patrick Lee - Quittin' Time
Patrick Lee - Quittin' Time
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
lambarices
Tenho para mim que um bom artista, seja qual for o seu ofício, é aquele que nos faz pensar. Se, mais do que isso, nos fizer, de alguma forma, duvidar, seja do que for, tanto melhor.
Ontem houve um, de seu nome Scott Matthew (não confundir com o Scott Matthews, como fez o Senhor porteiro do CCB, que, claro, prontamente corrigi; em todo o caso, recomendo, ainda que não vivamente, a audição deste último, o qual, num registo ligeiramente diferente, tem também umas músicas catitas), que fez tudo isso mas foi ainda mais longe e a um nível que, até àquela última música, achei absolutamente impensável (não, não se tratava de mudar de sexo, não foi assim tão longe, calma): fez com que este pequeno (e giro!) estóico cogitasse preferir uma versão diferente de um original daquela que é a melhor banda de todos os tempos e que, como logo perceberam, são os Joy Division.
Scott Matthew - Love Will Tear Us Apart
Como é evidente e só para que não resultem dúvidas nesta questão absolutamente fulcral para o futuro da humanidade (como, aliás, todas aquelas que são tratadas neste singelo espaço cibernético), continuo a preferir o original, tendo tão-somente alvitrado a possibilidade de o preterir, o que, só por si, é digno de registo:
Joy Division - Love Will Tear Us Apart
Ontem houve um, de seu nome Scott Matthew (não confundir com o Scott Matthews, como fez o Senhor porteiro do CCB, que, claro, prontamente corrigi; em todo o caso, recomendo, ainda que não vivamente, a audição deste último, o qual, num registo ligeiramente diferente, tem também umas músicas catitas), que fez tudo isso mas foi ainda mais longe e a um nível que, até àquela última música, achei absolutamente impensável (não, não se tratava de mudar de sexo, não foi assim tão longe, calma): fez com que este pequeno (e giro!) estóico cogitasse preferir uma versão diferente de um original daquela que é a melhor banda de todos os tempos e que, como logo perceberam, são os Joy Division.
Scott Matthew - Love Will Tear Us Apart
Como é evidente e só para que não resultem dúvidas nesta questão absolutamente fulcral para o futuro da humanidade (como, aliás, todas aquelas que são tratadas neste singelo espaço cibernético), continuo a preferir o original, tendo tão-somente alvitrado a possibilidade de o preterir, o que, só por si, é digno de registo:
Joy Division - Love Will Tear Us Apart
pelo passado
Ex-Libris
Trintões e quarentões meus amigos fazem pouco de mim quando vou a concertos de bandas cujos trabalhos relevantes foram gravados há duas ou três décadas. E gostam de lembrar: «O último disco deles é tão fraquinho». Eu respondo quase sempre que «vim pelo passado» ou «venho pelo passado». Se, hipótese improvável, algum erudito frequentar o Malparado, explique-me como é que isto se diz em Latim, que eu faço de uma destas frases o meu ex-libris.
[Adenda: uma leitora erudita sugere Venio praeteriti gratia; obrigado. Vou já mandar fazer os carimbos.]
Mestre
Trintões e quarentões meus amigos fazem pouco de mim quando vou a concertos de bandas cujos trabalhos relevantes foram gravados há duas ou três décadas. E gostam de lembrar: «O último disco deles é tão fraquinho». Eu respondo quase sempre que «vim pelo passado» ou «venho pelo passado». Se, hipótese improvável, algum erudito frequentar o Malparado, explique-me como é que isto se diz em Latim, que eu faço de uma destas frases o meu ex-libris.
[Adenda: uma leitora erudita sugere Venio praeteriti gratia; obrigado. Vou já mandar fazer os carimbos.]
Mestre
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
a propósito de um amargo de boca
Even though
We didn’t kiss goodbye
I love you
Elysian Fields - When
terça-feira, 12 de novembro de 2013
para mais tarde recordar
Ontem tive o privilégio de estar na mesma sala em que um membro do clã Coppola se encontrava (o Roman, no caso, enquanto apresentava o novo filme, "A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III", que recomendo vivamente). Mais do que isso tive a sorte de o poder ouvir contar o dia em que a cena da cabeça de cavalo do "The Godfather" foi filmada. E tudo sem contar o que só comprova que às vezes (e só às vezes!) não temos de sofrer assim tanto.
A banda sonora, a cargo do Liam Hayes, também é muito mas muito boa.
Liam Hayes & Plush - White Telescope
A banda sonora, a cargo do Liam Hayes, também é muito mas muito boa.
Liam Hayes & Plush - White Telescope
always and forever
«And here's a man still working for your smile.»
Leonard Cohen in "I Tried to Leave You"
N.B. #1 - segundo o Mestre, esta é a "puta da rima mais bonita de sempre" (sic).
N.B. #2 - especial agradecimento ao grande Jô pela partilha.
Leonard Cohen in "I Tried to Leave You"
N.B. #1 - segundo o Mestre, esta é a "puta da rima mais bonita de sempre" (sic).
N.B. #2 - especial agradecimento ao grande Jô pela partilha.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
lambarices tristes
The first time I saw her...
Everything in my head went quiet.
All the tics, all the constantly refreshing images just disappeared.
When you have Obsessive Compulsive Disorder, you don’t really get quiet moments.
Even in bed, I’m thinking:
Did I lock the doors? Yes.
Did I wash my hands? Yes.
Did I lock the doors? Yes.
Did I wash my hands? Yes.
But when I saw her, the only thing I could think about was the hairpin curve of her lips..
Or the eyelash on her cheek—
the eyelash on her cheek—
the eyelash on her cheek.
I knew I had to talk to her.
I asked her out six times in thirty seconds.
She said yes after the third one, but none of them felt right, so I had to keep going.
On our first date, I spent more time organizing my meal by color than I did eating it, or fucking talking to her...
But she loved it.
She loved that I had to kiss her goodbye sixteen times or twenty-four times or if it was Wednesday.
She loved that it took me forever to walk home because there are lots of cracks on our sidewalk.
When we moved in together, she said she felt safe, like no one would ever rob us because I definitely locked the door eighteen times.
I’d always watch her mouth when she talked—
when she talked—
when she talked—
when she talked
when she talked;
when she said she loved me, her mouth would curl up at the edges.
At night, she’d lay in bed and watch me turn all the lights off.. And on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off, and on, and off.
She’d close her eyes and imagine that the days and nights were passing in front of her.
Some mornings I’d start kissing her goodbye but she’d just leave cause I was
just making her late for work...
When I stopped in front of a crack in the sidewalk, she just kept walking...
When she said she loved me her mouth was a straight line.
She told me that I was taking up too much of her time.
Last week she started sleeping at her mother’s place.
She told me that she shouldn’t have let me get so attached to her; that this whole thing was a mistake, but...
How can it be a mistake that I don’t have to wash my hands after I touched her?
Love is not a mistake, and it’s killing me that she can run away from this and I just can’t.
I can’t – I can’t go out and find someone new because I always think of her.
Usually, when I obsess over things, I see germs sneaking into my skin.
I see myself crushed by an endless succession of cars...
And she was the first beautiful thing I ever got stuck on.
I want to wake up every morning thinking about the way she holds her steering wheel..
How she turns shower knobs like she's opening a safe.
How she blows out candles—
blows out candles—
blows out candles—
blows out candles—
blows out candles—
blows out…
Now, I just think about who else is kissing her.
I can’t breathe because he only kisses her once — he doesn’t care if it’s perfect!
I want her back so bad...
I leave the door unlocked.
I leave the lights on.
Neil Hilborn, OCD, Rustbelt, 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
check!
«Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca. Mas, se o achar, segure-o.»
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
"Vidro Azul" *
Idaho - Levitate pt. 2
* Que é "só" melhor programa da radiofonia portuguesa. Obrigado Ricardo Mariano.
lambarices
«Há uma cena, ou antes, um motivo, recorrente em certos filmes «sociológicos» ou «pedagógicos: o do toque estridente da campainha que interrompe o discurso do professor, que estaria a dizer coisas importantes, úteis, ou tímidas, ou confessionais, ou poéticas, ou confusas, tanto faz. Pouco importa a perspectiva que o cineasta e o argumentista têm sobre «a escola» ou «o conflito de gerações»: fica sempre aquele desconforto de uma frase a meio, interrompida com estridência esperada ou inesperada, e que deixa uma ideia em suspenso, uma emoção em suspenso, até à aula seguinte talvez, mas provavelmente até nunca mais, porque não se retoma exactamente do ponto de onde se ficou. E há um grande alarido de mesas, cadeiras, mochilas, dichotes. O que me impressiona nessas cenas não é a visão sobre os bons ou maus modos docentes e discentes, mas aquele momento de interrupção brutal, mesmo que normal, previsível: uma interrupção imediata, que nem dá tempo a que se acabe uma frase. É uma tragédia mínima, o pequeno colapso de um indivíduo impotente perante o seu próprio desinteresse. Mas, de certo modo, não é tragédia nenhuma. As aulas têm uma duração. Há um toque que diz quando acabam. E as pessoas vão-se embora. É assim, com ou sem campainhas, em todos os acontecimentos, em todas as vidas, em todas as ilusões. Uma coisa acontece, ou parece estar a acontecer. E quando toca, acaba.»
Mestre, com um especial agradecimento ao grande Jô.
Mestre, com um especial agradecimento ao grande Jô.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
frases que tinham tudo para dar certo
"Há o trabalho de a meter mas depois tudo fica facilitado."
Numa reunião, a propósito de uma parametrização informática.
Numa reunião, a propósito de uma parametrização informática.
amor & coisas simples
"Olha para isto! Tirei 45 fotocópias por tua causa!"
A Mais-que-Tudo e uma fotocopiadora nova.
A Mais-que-Tudo e uma fotocopiadora nova.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
coisas simples
Dedução
Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Vladimir Maiakóvski
Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Vladimir Maiakóvski
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
os "lisboetas"
«Quando andava a estudar aquela geringonça que estudei durante um quinquénio, achava graça à existência de alguns termos que conhecia apenas enquanto expressões comuns mas que na verdade também são conceitos jurídicos. Um deles é o de «reserva mental»: quando, num contrato, um dos contraentes está decidido, in pectore, a não cumprir aquilo a que se compromete. Uma simulação mental, aparentada à mentira, mas mais «sofisticada», talvez, e portanto mais detestável. Com o tempo fui aprendendo que não se trata de uma expressão qualquer ou de um conceito banal: a reserva mental é um dos fundamentos da civilização, pelo menos da civilização que conheço bem, que é Lisboa. Por isso, a indesmentível ausência de reserva mental em alguém que conheço mal parece-me sempre estranha, improvável, fantástica. É o começo de uma bela amizade.»
Mestre
Mestre
coisas simples
Newsnight's Jeremy Paxman talks to Russell Brand about voting, revolution and beards, as he launches his guest edit for the New Statesman.
N.B. - especial agradecimento ao grande Johnny Eliaz.
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