de manhã, desço a rua que no início é "do Século" e no fim "de o Século". diz-se por aí que tem problemas de identidade. faz psicanálise já há um par de anos. continua com dúvidas de qual é afinal o seu nome.
vejo pais e filhos, que seguem, calçada a cima, rumo aos conservatórios. os pais ainda com o cheiro dos lençóis. os miúdos com a alegria inocente que os caracteriza, fascinados por mais um dia e por mais um dia apenas.
eu sigo calçada abaixo a pensar para mim que devia andar menos de carro e olhar mais para cima quando calcorreio as ruas da cidade.
pelo menos ainda sei o meu nome.
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