quarta-feira, 30 de novembro de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
o teu riso
'Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.'
pablo neruda
'Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.'
pablo neruda
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
a propósito de uma formação - parte II (entrar a matar)
'é muito chato ter tudo estragado no frigorífico mas é mais chato morrer'
pel'o grande
pel'o grande
doping*
Chuck Berry - You Never Can Tell
* a propósito de um serão no trabalho e de uma 'f.d.g.p.q.p.' (um dia explico mas aviso já que mete palavrões) de uma hérnia que só confirma a teoria do estoicismo...
amor (latim amor, -oris), s. m.
Um Amor
'Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação.'
Nuno Júdice
'Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação.'
Nuno Júdice
domingo, 27 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
coisas simples
'O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender.'
soren kierkegaard
soren kierkegaard
mais do que mereço
«À saída do cinema, entre chuviscos, passei pelo sítio onde nos vimos pela primeira vez, devia ter uma placa e não tem, ninguém sabe, antes assim, dessa vez não era noite, nem chovia, estavas de costas, a três quartos, de chapéu verde, inquieta, e eu a atravessar a estrada antes de me veres e a pensar 'se me fosse agora embora já teria tido mais do que mereço'»
do mestre
do mestre
terça-feira, 22 de novembro de 2011
quando eu morrer
'Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.'
Sophia
para dormir de um sono só *
Mahler (Symphony n.º 5) - Adagietto
* não sei o que passou pela cabeça daquelas dezenas de pessoas durante aquela meia dúzia de minutos. se calhar pensaram numa outra pessoa. se calhar sentiram a mão de quem amam a seu lado. se calhar pensaram na insignificância da vida. ou na relatividade das coisas que sucedem. se calhar não pensaram em nada.
eu lembrei-me da tua voz nas manhãs de verão. naquelas manhãs em que tinha a sorte de acordar antes de ti e te via dormir. naquelas manhãs em que te devia ter dito que era feliz e não havia nada mais que quisesse pedir.
a tua voz. a tua voz.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
'Se me amar, não digas,
que morro.
De surpresa.
De encanto.
De medo.'
Mário Quintana
que morro.
De surpresa.
De encanto.
De medo.'
Mário Quintana
coisas simples
Chuck Noland: I'm so sad that I don't have Kelly. But I'm so grateful that she was with me on that island. And I know what I have to do now. I gotta keep breathing. Because tomorrow the sun will rise. Who knows what the tide could bring?
Cast Away
Cast Away
no grémio lusitano
gosto de estar com pessoas que me façam sentir em casa. com quem posso ser quem sou. sem modéstia ou vergonha. sem rodeios e com muita parvoíce. com aqueles que me gozam quando faço alguma estupidez. que me avisam e encorajam. que me abraçam. que me confortam. que me puxam para a frente. e que, acima de tudo, se riem ao meu lado.
no grémio lusitano estou, também, em casa.
no grémio lusitano estou, também, em casa.
domingo, 20 de novembro de 2011
domingos
Morrissey - Everyday is like Sunday
domingo é dia de recolhimento. ver as pessoas passar e o tempo arrastar-se. digerir lentamente. e é dia de silêncio. aquele de que almási falava. I once traveled with a guide who was taking me to Faya. He didn't speak for nine hours. At the end of it he pointed at the horizon and said, "Faya!" That was a good day.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
'i think this is the beginning of a beautiful friendship'
«eia, festa da caneca! 'beba uma caneca e imperiais até não poder mais'. que espectáculo!»
by o meu colega de gabinete.
by o meu colega de gabinete.
that's what i keep saying
'To love is to suffer. To avoid suffering one must not love. But then one suffers from not loving. Therefore to love is to suffer, not to love is to suffer. To suffer is to suffer. To be happy is to love. To be happy then is to suffer. But suffering makes one unhappy. Therefore, to be unhappy one must love, or love to suffer, or suffer from too much happiness. I hope you’re getting this down.'
Woody Allen
Woody Allen
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
coisas (que não são assim tão) simples
"Não posso adiar o amor para outro século.
Não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas.
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio.
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação.
Não posso adiar o coração."
Ramos Rosa
Não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas.
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio.
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação.
Não posso adiar o coração."
Ramos Rosa
da tusa
Lula: Uh oh. Baby, you'd better get me back to that hotel. You got me hotter than Georgia asphalt.
Wild at Heart
Wild at Heart
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
mentiras
Lambeau: Sometimes I wish I had never met you. Because then I could go to sleep at night not knowing there was someone like you out there.
Good Will Hunting
Good Will Hunting
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
outrora agora
'Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.'
Fernado Pessoa
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.'
Fernado Pessoa
liberdade
"E, depois, esta luta titânica contra aquilo que me apetece realmente fazer, mas que não posso. Não posso mesmo. A tua liberdade é a minha morte."
(o Grande) Jô Guimara
(o Grande) Jô Guimara
o amor é amorosamente fodido
não ser emocionalmente correspondido é fodido. ponto. e quem diz o contrário ou mente - normalmente por estar com o orgulho ferido -, ou então não estava apaixonado. outro ponto.
mas a minha questão não é essa. aliás, a única questão é a reacção. sim, rima. que se foda.
as respostas variam entre o ácido sulfúrico e o vamos-ser-amigos-para-sempre. tenho para mim que respostas violentas tendem a demonstrar o egoísmo no amor que era (ou ainda é) sentido. esse tipo de pessoas queriam a outra pessoa porque queriam ser felizes, elas, esquecendo que a felicidade numa relação amorosa, como tantas outras coisas, é uma alma de dois corpos.
e tenho para mim que aqueles que realmente amam e estão verdadeiramente apaixonados ficam tristes, fodidos (e vão três!), devastados e toda uma parafernália de sinónimos ruins, quando o sentimento que têm por outra pessoa não é correspondido. mas também acho que, quando assim é, respeitam, compreendem e ficam até felizes por ver seguir a pessoa com quem queriam partilhar a sua vida, até que a morte os separasse. acho mesmo que só assim se ama.
amar é, acima de tudo, querer a felicidade das outras pessoas. é por isso que os pais deixam os filhos sair de casa apesar de saberem que vão perder a sua companhia; é por isso que ficamos felizes quando algum amigo parte por qualquer motivo, apesar de sabermos que a cumplicidade não será a mesma; e é por isso que ficamos felizes quando vemos alguém que amamos dizer que não gosta de nós da mesma forma.
no fundo está apenas a dizer-nos que não conseguirá ser feliz connosco.
há quem não aceite. há quem reaja de forma violenta. há quem nunca mais fale com essa pessoa. no outro dia uma amiga, de longa data, dizia algo como 'desejo-lhe toda a felicidade do mundo. longe!'.
percebo. respeito. no amor, na presunção e na água benta, cada um toma o que quer e ninguém tem nada com isso. da minha parte acredito que se o sentimento é verdadeiro e se não somos egoístas estamos perfeitamente à vontade para ficarmos a ver as pessoas que 'outrora agora' amamos ser felizes por perto.
no fundo, foi o quisemos desde o início: que essa pessoa fosse feliz. se não o é connosco, que o seja ao nosso lado, por perto, 'outrora agora'.
mas a minha questão não é essa. aliás, a única questão é a reacção. sim, rima. que se foda.
as respostas variam entre o ácido sulfúrico e o vamos-ser-amigos-para-sempre. tenho para mim que respostas violentas tendem a demonstrar o egoísmo no amor que era (ou ainda é) sentido. esse tipo de pessoas queriam a outra pessoa porque queriam ser felizes, elas, esquecendo que a felicidade numa relação amorosa, como tantas outras coisas, é uma alma de dois corpos.
e tenho para mim que aqueles que realmente amam e estão verdadeiramente apaixonados ficam tristes, fodidos (e vão três!), devastados e toda uma parafernália de sinónimos ruins, quando o sentimento que têm por outra pessoa não é correspondido. mas também acho que, quando assim é, respeitam, compreendem e ficam até felizes por ver seguir a pessoa com quem queriam partilhar a sua vida, até que a morte os separasse. acho mesmo que só assim se ama.
amar é, acima de tudo, querer a felicidade das outras pessoas. é por isso que os pais deixam os filhos sair de casa apesar de saberem que vão perder a sua companhia; é por isso que ficamos felizes quando algum amigo parte por qualquer motivo, apesar de sabermos que a cumplicidade não será a mesma; e é por isso que ficamos felizes quando vemos alguém que amamos dizer que não gosta de nós da mesma forma.
no fundo está apenas a dizer-nos que não conseguirá ser feliz connosco.
há quem não aceite. há quem reaja de forma violenta. há quem nunca mais fale com essa pessoa. no outro dia uma amiga, de longa data, dizia algo como 'desejo-lhe toda a felicidade do mundo. longe!'.
percebo. respeito. no amor, na presunção e na água benta, cada um toma o que quer e ninguém tem nada com isso. da minha parte acredito que se o sentimento é verdadeiro e se não somos egoístas estamos perfeitamente à vontade para ficarmos a ver as pessoas que 'outrora agora' amamos ser felizes por perto.
no fundo, foi o quisemos desde o início: que essa pessoa fosse feliz. se não o é connosco, que o seja ao nosso lado, por perto, 'outrora agora'.
biologia
"A tua biologia mantém-me acordado
e ignorante. Sinto medo
e reverência pelos teus mistérios
sublimes e vulgares
como o sexo e o sono,
e depois lembro-me que pertences
a outro e à sua biologia
e que não irei nunca
dormir junto do amor
químico do teu ventre."
Pedro Mexia
e ignorante. Sinto medo
e reverência pelos teus mistérios
sublimes e vulgares
como o sexo e o sono,
e depois lembro-me que pertences
a outro e à sua biologia
e que não irei nunca
dormir junto do amor
químico do teu ventre."
Pedro Mexia
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
motes
"i'm going to kill myself tomorrow"
elliott smith sequence from wes anderson's 'the royal tenenbaums'
coisas simples
"It isn’t the big pleasures that count the most; it’s making a great deal out of the little ones."
Jean Webster
Jean Webster
amor (latim amor, -oris), s. m.
Almásy: You're wearing the thimble.
Katharine Clifton: Of course, you idiot. I always wear it; I've always worn it; I've always loved you.
The English Patient
Katharine Clifton: Of course, you idiot. I always wear it; I've always worn it; I've always loved you.
The English Patient
terça-feira, 8 de novembro de 2011
manhã submersa*
a manhã de outono estava gélida mas a roupa aconchegava. do príncipe real ao largo de camões, desci a rua garrett, passei pelo elevador de santa justa, rossio, praça da figueira, martim moniz. hoje, com aquele vento frio e uma leve neblina, até a avenida almirante reis parecia o que não é.
*
xutos & pontapés - manhã submersa
*
xutos & pontapés - manhã submersa
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
para ti
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia
amor (latim amor, -oris), s. m.
Katharine Clifton: My darling. I'm waiting for you. How long is the day in the dark? Or a week? The fire is gone, and I'm horribly cold. I really should drag myself outside but then there'd be the sun. I'm afraid I waste the light on the paintings, not writing these words. We die. We die rich with lovers and tribes, tastes we have swallowed, bodies we've entered and swum up like rivers. Fears we've hidden in - like this wretched cave. I want all this marked on my body. Where the real countries are. Not boundaries drawn on maps with the names of powerful men. I know you'll come carry me out to the Palace of Winds. That's what I've wanted: to walk in such a place with you. With friends, on an earth without maps. The lamp has gone out and I'm writing in the darkness.
The English Patient
The English Patient
coisas simples
estóico: sabes que o mano gosta muito de ti.
mini-estóico: eu também gosto muito do mano.
mini-estóico: eu também gosto muito do mano.
domingo, 6 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
da tusa
a rene russo dá-me tusa. já o tinha sentido aquando do The Thomas Crown Affair e fiquei com toda a certeza depois do Two for the Money. não consigo explicar porquê. quer dizer, até acho que conseguiria mas não vou entrar por aí. dá-me e pronto! para mais informações vão ler freud e estudem o estupor da libido. tenho dito!
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
'Dear Holly,
I don’t have much time. I don’t mean literally, I mean, you’re out buying ice cream and you’ll be home soon…but I have a feeling this is the last letter. Because there’s only one thing left to tell you. It isn’t to go down memory lane or make you buy a lamp. You can take care of yourself without any help from me. It’s to tell you how much you move me. How you changed me. You made me a man by loving me, Holly…and for that I am eternally grateful. Literally. If you can promise me anything, promise me that whenever you’re sad…or unsure…or you lose complete faith…that you’ll try and see yourself through my eyes. Thank you for the honor of being my wife. I’m a man with no regrets. How lucky am I? You made my life, Holly, but I’m just one chapter in yours. There’ll be more. I promise. So here it comes, the big one. Don’t be afraid to fall in love again. Watch out for that signal when life as you know it ends.
P.S. - I will always love you'
I don’t have much time. I don’t mean literally, I mean, you’re out buying ice cream and you’ll be home soon…but I have a feeling this is the last letter. Because there’s only one thing left to tell you. It isn’t to go down memory lane or make you buy a lamp. You can take care of yourself without any help from me. It’s to tell you how much you move me. How you changed me. You made me a man by loving me, Holly…and for that I am eternally grateful. Literally. If you can promise me anything, promise me that whenever you’re sad…or unsure…or you lose complete faith…that you’ll try and see yourself through my eyes. Thank you for the honor of being my wife. I’m a man with no regrets. How lucky am I? You made my life, Holly, but I’m just one chapter in yours. There’ll be more. I promise. So here it comes, the big one. Don’t be afraid to fall in love again. Watch out for that signal when life as you know it ends.
P.S. - I will always love you'
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