quarta-feira, 27 de julho de 2011

vicissitudes # 1

A generalidade das pessoas (está fácil de ver que no fundo vou falar de mim...) não gosta que as outras pessoas saibam que elas defecam (do lat. defaecáre, «libertar fezes»; verbo intransitivo: expelir naturalmente os excrementos pelo ânus; evacuar; depurar; acrisolar), vulgo cagam.

Vais à casa-de-banho e está, perto da entrada, alguém a tomar um café. Sais e essa mesma pessoa ainda lá está. Não há hipótese: vais levar com o olhar "foste cagar e eu sei disso".

É muito complicado.

É por estas e por outras que não compro (chega de hipocrisias; estou a falar de mim!) papel higiénico em superfícies comerciais. Ainda por cima quando comprámos estes tipo de produtos, para evitar ter de o fazer com frequência, levámos uma daquelas embalagens que facilmente providenciava papel higiénico para meio ano de merda de todos os habitantes do Mónaco. "Eia! este gajo é que caga!" pensam todos os que estão na fila para pagar. Ninguém sabe quantos filhos tens, se és uma pessoa doente, nada disso! Cagas que te fartas e é tudo o que vão recordar de ti.

Cagar é uma coisa muito pessoal. É verdade que há quem não se importe até de cagar em frente de outras pessoas. Eu gosto muito dessas pessoas. Mesmo! Mas não consigo. Cagar tem que ser num espaço temporal só meu. Porta fechada (à chave se possível), música (para se houver alguém na sala não ouvir uma flatulência mais irreverente ou o típico 'mergulhar' na água da retrete... um clássico...) e uma revista. Nada mais.

Enfim, deu-me para isto. Podia ser pior? Podia, mas não era a mesma coisa. Perdão, merda.

1 comentário:

  1. Até da merda te serves para retirar algum infortúnio... Como é que não hás-de estar exaurido, criatura? :P bjo bom

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