terça-feira, 12 de julho de 2011

da junção

O que é afinal o amor?
É a pergunta que vale um milhão! Aquela de que todos falam e sobre a qual todos têm uma opinião. E ainda bem. Se há assunto sobre o qual todos podemos (e devemos!) falar é sobre o sentido do amor. Que sentimento é este afinal sobre o qual se escrevem livros, realizam filmes, a propósito do qual se desmoronam impérios e lares, suicidam jovens almas e se potenciam cirroses?
Também tenho uma opinião, como não podia deixar de ser.
Podemos falar de amor sob as mais variadas variedades. O amor pela família, incondicional, saudavelmente irracional e doentio. O amor por um amigo ao qual só falta o ADN para ser um irmão. Não é desse que falamos.
Falamos do milagre. Da junção. Da junção do amor com a paixão.
A paixão é o que sentes quando estás a jantar em casa de uns amigos, a perna dela roça suavemente na tua e trocam aquele olhar de quem quer 'foder'. Não! Não é fazer sexo, muito menos amor. É 'foder' mesmo. Ali, na casa-de-banho ou na dispensa, uma rapidinha tão intensa que parece que perdes o ar e o coração quase te sai pela boca. Isso é paixão.
Amor é outra coisa. Dizer-lhe que está linda nos dias mais difíceis do mês ou quando está doente. Não está percebem?! Mas aos olhos dele está. E isso é amor.
A junção destas duas variantes ou dá milagre ou dá merda. Não há meios termos!
Ou melhor, há milhões de meios termos. Passamos por eles todos os dias. Convivem connosco, fazem parte da família e dos amigos. Gente boa.
Mas não é sobre eles falamos quando se está num jantar de amigos ou quando os netos nos pedem uma história. "Conheceram-se no trabalho. Tinham os mesmos horários, os mesmos objectivos de vida e entendiam-se muito bem um com o outro. [os netos entretanto adormeceram] Sempre tiveram uma vida organizada e tratavam-se muito bem. Passavam férias com amigos e jantavam nas casas dos pais.".
Não!
Queremos histórias deliciosas. Queremos "Luíses & Dianas". Queremos irracionalidade pura e dura. Queremos o estômago arrepiado ao som de uma chamada e corações acelerados antes do vislumbre daquela face. Queremos ciúme. Queremos ansiedade.
E queremos acima de tudo ficar felizes pela felicidade de quem amámos na plenitude. A felicidade genuína de quem não tem ou não pode estar mas que se basta pela alegria da cara-metade. A felicidade de quem ganha o dia quando ouve aquela de quem gosta acima de tudo dizer que está bem.
É isto, para mim claro, o amor. A felicidade suprema de ver quem amámos feliz. Seja isso ao nosso lado ou seguindo o seu próprio caminho.
É por isso que te amo. Genuína e profundamente.
Obrigado.

1 comentário:

  1. "Dizer-lhe que está linda nos dias mais difíceis do mês ou quando está doente. Não está percebem?! Mas aos olhos dele está. E isso é amor."

    Vou anotar.

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