quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Finalmente!
Foi hoje publicado em Diário da República o diploma que "estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar" (http://dre.pt/sug/1s/ddia.asp).
Como em tudo o que de novo surge neste País vão-se (já se ouviram quando foi colocada inicialmente a questão) levantar vozes contra. Dirão que é inadmissível, inaceitável, intolerável, ad nauseam, ad infinitum. Eu cá acho que é indispensável! Mas o que pensarão as pessoas que se opõem a uma medida deste género, questiono-me eu do alto da minha imensurável estupidez?! Que os jovens vão começar a fornicar que nem uns grandes malucos?! Mas a malta que estuda doenças apanha tudo o quanto é vírus?! Confesso que não percebo sequer.
Alguns esclarecimentos para as "pessoas que se opõem a esta medida":
1.º - os jovens já fornicam, na sua grande maioria, que nem uns grandes malucos, portanto o melhor é ensiná-los a fazê-lo com as devidas precauções;
2.º - fornicar é bom;
3.º - mas mesmo que não fornicassem sempre poderiam aprender do que se trata;
4.º - fornicar é realmente bom!
Todavia, se o objectivo é aumentar a natalidade do País através da defesa intransigente da ignorância, então têm o meu apoio. É que se em jovem não aprendemos a colocar um preservativo ou percebemos que um DIU não é uma marca de champô, também não vai ser em velho que o vamos aprender e aí é só procriar! Mas pelo menos assumam os objectivos e saiam do armário!
Para terminar apenas uma nuance: se o que têm é nostalgia dos tempos em que eram jovens e fornicavam que nem uns malucos, então nesse caso não se esqueçam: temos de sofrer!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O seu comentário está impregnado de uma ligeireza que devia estar arredada destes assuntos sérios. Vamos por partes:
ResponderEliminar- Ao contrário do que muitos ilustres cidadãos parecem pensar, a escola tem um objectivo principal: ensinar, transmitir conhecimentos. Segundo o seu pensamento, às actuais funções de psicóloga, assistente social, nutricionista, educadora e outras, deverá agora adicionar-se a de educadora sexual. Se a escola tiver que fazer tudo, acaba por não fazer nada..
- Hoje em dia há um manancial de informação inédito (sobretudo no que respeita ao HIV e afins). Televisão, internet, centros de saúde, festivais de música, etc. Salvo raras excepções, só não sabe quem não quer. Antes que venha com os seus estereótipos ideológicos e me acuse de elitista, fique sabendo que há muitos "meninos ricos" que também fazem "asneiras" e engravidam "acidentalmente". Ou seja, há sempre irresponsáveis e responsáveis, independentemente de serem ou não informados, pobres ou ricos. Hoje em dia só não sabe quem não quer.
- A disciplina certa para transmitir o básico é obviamente a disciplina de ciências da natureza (ou outra responsável pelo mesmo conteúdo). Não é preciso estas "modernices" que não passam de "publicidade ideológica" para agradar aos "idiotas úteis" do costume..
- Como deve pertencer ao grupo dos que votaram "SIM" no referendo, não se preocupe. Se elas engravidarem sempre podem abortar, não há crise, é como comer um hamburger :)
- Educação sexual nas escolas nos moldes em que se pretende não é mais do que formatar a mente das criancinhas. ISto é, transmitir uma determinada cartilha de educação sexual. Lamento, mas sou contra todo o tipo de de totalitarismos e pensamentos únicos..
- Deixem as nossas escolas em paz e as criancinhas também. É tempo, sim, de focar a nossa atenção na incapacidade das famílias em cumprir o seu papel.
QED
Afonso, não acha que dizer que o meu comentário "está impregnado de uma ligeireza que devia estar arredada destes assuntos sérios" e depois escrever "se elas engravidarem sempre podem abortar, não há crise, é como comer um hamburger" é um pouco contraditório?
ResponderEliminarE não acha que dizer que é "contra todo o tipo de totalitarismos e pensamentos únicos" e depois não aceitar as opiniões dos outros é um pouco incongruente?
Não sei se concordará, mas fiquei a pensar nisso.
Quanto às restantes observações, discordo por tudo o quanto resulta do post inicial.
Cumprimentos.