quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
frases que tinham tudo para dar certo
"Eu gosto delas todas."
a W, a propósito de pastilhas elásticas.
a W, a propósito de pastilhas elásticas.
lambarices
Bob Dylan & Johnny Cash - Girl from the North Country
n.b. - com um especial agradecimento à Coisa Mai'Linda.
pertinências
«Ernest Hemingway once wrote, “the world is a fine place and worth fighting for.” I agree with the second part.»
Se7en (1995)
Se7en (1995)
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
coisas simples
Mary Wilke: Facts?I got a million facts at my fingertips.
Isaac Davis: That's right, and they don't mean a thing, right? Because nothing worth knowing can be understood with the mind. Everything really valuable has to enter you through a different opening, if you'll forgive the disgusting imagery.
Manhattan (1979), by Woody Allen.
Isaac Davis: That's right, and they don't mean a thing, right? Because nothing worth knowing can be understood with the mind. Everything really valuable has to enter you through a different opening, if you'll forgive the disgusting imagery.
Manhattan (1979), by Woody Allen.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
"O Frio da Infância"
«Felizmente, como se diz cá em casa a pensar nos campos do Meu Alentejo, vai um Inverno como os de antigamente, com chuva e frio.
A propósito do frio mas também por outras razões tenho-me lembrado com muita frequência do frio da infância, uma expressão retirada da narrativa de Juan José Millás em O Mundo quando enuncia, “Quem teve frio em pequeno, terá frio para o resto da vida, porque o frio da infância nunca desaparece”.
Na verdade, no Inverno ou no Verão existem muitos miúdos que passam frio, às vezes muito frio, e nem sempre conseguimos dar por isso. Acontece até que alguns deles sentem frio em ambientes muito aquecidos ou mesmo no Verão, como disse. Não se
trata do frio que vem de fora, daquele de que falam os alertas coloridos que nos fazem por esta época de Inverno, é o frio que está à beira, um bloco de gelo disfarçado de família ou de instituição de acolhimento, é o frio que vem de dentro e deixa a alma congelada. Do frio que vem de fora, apesar de incomodar, acho que, quase sempre, nos conseguimos proteger e proteger os miúdos, mas dos frios que estão à beira e dos que vêm de dentro nem sempre o conseguimos fazer porque também nem sempre os entendemos ou estamos atentos ao frio que tolhe muitas crianças e adolescentes.
É também o frio que se percebe em milhares de miúdos que estão a passar mal, como fala a gente, miúdos que chegam à escola com fome. Miúdos para os quais a escola já tem que também alimentar o corpo. Muitos destes miúdos têm pequeno-almoço quando chegam à escola e alguns outros, como em Elvas, recebem ainda o jantar quando saem da escola. Miúdos para os quais as escolas mantêm abertas no período de férias as cantinas escolares que lhes assegura o aconchego do sustento. Miúdos de famílias que batem à porta das cantinas sociais e dependem da resposta das instituições de solidariedade social para assegurar a sobrevivência.
A pobreza que ameaça os miúdos é gelada. Há algum tempo, um estudo do ISEG apontava para que cerca de 40% das crianças e adolescentes vivessem em risco de pobreza, sendo que esse quadro de privação afecta sobretudo os padrões e a qualidade
da alimentação. O estudo sublinhava também, entre outros indicadores, que o grupo etário 0-17 anos é o mais vulnerável ao risco de pobreza tendo ultrapassado o dos mais velhos.
As perspectivas para o futuro próximo não parecem particularmente animadoras. Sabemos que estamos num período económico recessivo, sem criação de riqueza e que devido aos baixos salários, continuamos um dos países mais assimétricos da Europa pelo que ter trabalho nem sempre é suficiente para fugir ao risco de pobreza. Recordo um trabalho de Agostinho Silvestre apresentado no VII Congresso Português de Sociologia referindo que o facto de se ter trabalho já não constituir factor de protecção contra a pobreza. Em 2010, 12% dos trabalhadores portugueses viviam abaixo do limiar de pobreza e 16% das pessoas que em 2011 usufruíram do Rendimento Social de Inserção (35.015), acumularam esse apoio com rendimentos do trabalho, o que significa aumento da pobreza entre pessoas com trabalho.
Os indicadores sobre as dificuldades que afectam a população mais nova são algo de preocupante. Esta realidade não pode deixar de colocar um fortíssimo risco no que respeita ao desenvolvimento e sucesso educativo destes miúdos e adolescentes
e portanto, à construção de projectos de vida bem sucedidos. Como é óbvio, em situações limite como a carência alimentar, estaremos certamente em presença de outras dimensões de vulnerabilidade que concorrerão para futuros ameaçados.
É também por questões desta natureza que a discussão aberta sobre as funções do estado e o seu financiamento deve ser informada.
Relembro a história que vivi há uns anos em Inhambane, Moçambique, quando ao passar por uma escola para gaiatos pequenos o Velho Carlos Bata me dizer que se mandasse traria um camião de batata-doce para aquela escola. Perante a minha estranheza explicou que aqueles miúdos haveriam de comer até se rir, “só aprende quem se ri”, rematou o Velho Bata.
Pois é Velho, miúdos com fome, não riem, não aprendem e vão continuar pobres.
Apesar de sentir confiança na resiliência dos miúdos, expressa em muitíssimas situações de gente que sofreu e resistiu a experiências dramáticas, uns mais que outros naturalmente, parece-me fundamental que estejamos atentos aos frios da infância. Muitas vezes, como diz Millás, quem teve frio em pequeno terá mesmo frio no resto da vida. Quando olhamos para muitos adultos à nossa volta parece também claro o frio que terão passado na infância.»
José Morgado
A propósito do frio mas também por outras razões tenho-me lembrado com muita frequência do frio da infância, uma expressão retirada da narrativa de Juan José Millás em O Mundo quando enuncia, “Quem teve frio em pequeno, terá frio para o resto da vida, porque o frio da infância nunca desaparece”.
Na verdade, no Inverno ou no Verão existem muitos miúdos que passam frio, às vezes muito frio, e nem sempre conseguimos dar por isso. Acontece até que alguns deles sentem frio em ambientes muito aquecidos ou mesmo no Verão, como disse. Não se
trata do frio que vem de fora, daquele de que falam os alertas coloridos que nos fazem por esta época de Inverno, é o frio que está à beira, um bloco de gelo disfarçado de família ou de instituição de acolhimento, é o frio que vem de dentro e deixa a alma congelada. Do frio que vem de fora, apesar de incomodar, acho que, quase sempre, nos conseguimos proteger e proteger os miúdos, mas dos frios que estão à beira e dos que vêm de dentro nem sempre o conseguimos fazer porque também nem sempre os entendemos ou estamos atentos ao frio que tolhe muitas crianças e adolescentes.
É também o frio que se percebe em milhares de miúdos que estão a passar mal, como fala a gente, miúdos que chegam à escola com fome. Miúdos para os quais a escola já tem que também alimentar o corpo. Muitos destes miúdos têm pequeno-almoço quando chegam à escola e alguns outros, como em Elvas, recebem ainda o jantar quando saem da escola. Miúdos para os quais as escolas mantêm abertas no período de férias as cantinas escolares que lhes assegura o aconchego do sustento. Miúdos de famílias que batem à porta das cantinas sociais e dependem da resposta das instituições de solidariedade social para assegurar a sobrevivência.
A pobreza que ameaça os miúdos é gelada. Há algum tempo, um estudo do ISEG apontava para que cerca de 40% das crianças e adolescentes vivessem em risco de pobreza, sendo que esse quadro de privação afecta sobretudo os padrões e a qualidade
da alimentação. O estudo sublinhava também, entre outros indicadores, que o grupo etário 0-17 anos é o mais vulnerável ao risco de pobreza tendo ultrapassado o dos mais velhos.
As perspectivas para o futuro próximo não parecem particularmente animadoras. Sabemos que estamos num período económico recessivo, sem criação de riqueza e que devido aos baixos salários, continuamos um dos países mais assimétricos da Europa pelo que ter trabalho nem sempre é suficiente para fugir ao risco de pobreza. Recordo um trabalho de Agostinho Silvestre apresentado no VII Congresso Português de Sociologia referindo que o facto de se ter trabalho já não constituir factor de protecção contra a pobreza. Em 2010, 12% dos trabalhadores portugueses viviam abaixo do limiar de pobreza e 16% das pessoas que em 2011 usufruíram do Rendimento Social de Inserção (35.015), acumularam esse apoio com rendimentos do trabalho, o que significa aumento da pobreza entre pessoas com trabalho.
Os indicadores sobre as dificuldades que afectam a população mais nova são algo de preocupante. Esta realidade não pode deixar de colocar um fortíssimo risco no que respeita ao desenvolvimento e sucesso educativo destes miúdos e adolescentes
e portanto, à construção de projectos de vida bem sucedidos. Como é óbvio, em situações limite como a carência alimentar, estaremos certamente em presença de outras dimensões de vulnerabilidade que concorrerão para futuros ameaçados.
É também por questões desta natureza que a discussão aberta sobre as funções do estado e o seu financiamento deve ser informada.
Relembro a história que vivi há uns anos em Inhambane, Moçambique, quando ao passar por uma escola para gaiatos pequenos o Velho Carlos Bata me dizer que se mandasse traria um camião de batata-doce para aquela escola. Perante a minha estranheza explicou que aqueles miúdos haveriam de comer até se rir, “só aprende quem se ri”, rematou o Velho Bata.
Pois é Velho, miúdos com fome, não riem, não aprendem e vão continuar pobres.
Apesar de sentir confiança na resiliência dos miúdos, expressa em muitíssimas situações de gente que sofreu e resistiu a experiências dramáticas, uns mais que outros naturalmente, parece-me fundamental que estejamos atentos aos frios da infância. Muitas vezes, como diz Millás, quem teve frio em pequeno terá mesmo frio no resto da vida. Quando olhamos para muitos adultos à nossa volta parece também claro o frio que terão passado na infância.»
José Morgado
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
lambarices
Michelle Williams was very insecure about her body when she was so pregnant, so Heath Ledger would often put padding under his shirt to appear pregnant as well in hopes of making his wife feel better. This photo was taken the first time Heath did this.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
frases que tinham tudo para dar certo
"aquilo não cabe tudo na boca!"
a propósito de uma fatia de francesinha.
a propósito de uma fatia de francesinha.
lambarices
A Senhora Dona Ana Amélia Dutra, os seus 91 anos, uma guitarra portuguesa e há coisas mesmo bonitas.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
amor & coisas (que não são assim tão) simples
A Naifa - Todo o Amor do Mundo
a partir de um poema do José Luis Peixoto:
todo o amor do mundo
não foi suficiente
porque o amor não serve de nada.
ficaram só os papéis e a tristeza,
ficou só a amargura
e a cinza dos cigarros e da morte.
os domingos e as noites
que passámos a fazer planos
não foram suficientes
e foram demasiados
porque hoje são como sangue no teu rosto,
são como lágrimas.
sei que nos amámos muito e um dia,
quando já não te encontrar em cada instante,
cada hora, não irei negar isso.
não irei negar nunca que te amei.
nem mesmo quando estiver deitado,
nu, sobre os lençóis de outra
e ela me obrigar a dizer
que a amo antes de a foder.
coisas simples
«When people walk away from you, let them go. You shouldn’t have to talk them into staying with you, loving you, calling you, caring about you, and coming to see you, because if they really cared about you in the first place; they would not be going anywhere.»
autor desconhecido (mas assaz lúcido)
autor desconhecido (mas assaz lúcido)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
pertinências
«"Cães perigosos atacaram pelo menos 37 pessoas durante o ano passado", lê-se hoje no Público. E quantas pessoas perigosas atacaram cães durante o ano passado?»
p'lo Rui, um tipo sensato.
p'lo Rui, um tipo sensato.
se fosse coerente trocava de clube
Sporting Clube Portugal - Saber sofrer (com Brad Pitt)
by Rui Unas
lambarices
Handy Guide
Avoid adjectives of scale.
Dandelion broth instead of duck soup.
Don’t even think you’ve seen a meadow, ever.
The minor adjustments in our equations
still indicate the universe is insane,
when it laughs a silk dress comes out its mouth
but we never put it on. Put it on.
Cry often and while asleep.
If it’s raw, forge it in fire.
That’s not a mountain, that’s crumble.
If it’s fire, swallow.
The heart of a scarecrow isn’t geometrical.
That’s not a diamond, it’s salt.
That’s not the sky but it’s not your fault.
My dragon may be your neurotoxin.
Your electrocardiogram may be my fortune cookie.
Once an angel has made an annunciation,
it’s impossible to tell him he has the wrong address.
Moonlight has its own befuddlements.
The rest of us can wear the wolf mask if we want
or look like reflections wandered off.
Eventually armor, eventually sunk.
You wanted love and expected what?
A parachute? Morphine? A gold sticker star?
The moment you were born —
you have to trust others because you weren’t there.
Ditto death.
The strongest gift I was ever given
was made of twigs.
It didn’t matter which way it broke.
Dean Young
Avoid adjectives of scale.
Dandelion broth instead of duck soup.
Don’t even think you’ve seen a meadow, ever.
The minor adjustments in our equations
still indicate the universe is insane,
when it laughs a silk dress comes out its mouth
but we never put it on. Put it on.
Cry often and while asleep.
If it’s raw, forge it in fire.
That’s not a mountain, that’s crumble.
If it’s fire, swallow.
The heart of a scarecrow isn’t geometrical.
That’s not a diamond, it’s salt.
That’s not the sky but it’s not your fault.
My dragon may be your neurotoxin.
Your electrocardiogram may be my fortune cookie.
Once an angel has made an annunciation,
it’s impossible to tell him he has the wrong address.
Moonlight has its own befuddlements.
The rest of us can wear the wolf mask if we want
or look like reflections wandered off.
Eventually armor, eventually sunk.
You wanted love and expected what?
A parachute? Morphine? A gold sticker star?
The moment you were born —
you have to trust others because you weren’t there.
Ditto death.
The strongest gift I was ever given
was made of twigs.
It didn’t matter which way it broke.
Dean Young
2013, you are doing it right
Vampire Weekend - Unbelievers
Vampire Weekend anuncia novo álbum para 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
coisas simples
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
amor & coisas simples
“I do not love you as if you were salt-rose, or topaz,
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.
I love you as the plant that never blooms
but carries in itself the light of hidden flowers;
thanks to your love a certain solid fragrance,
risen from the earth, lives darkly in my body.
I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride;
so I love you because I know no other way
than this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.”
Pablo Neruda
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.
I love you as the plant that never blooms
but carries in itself the light of hidden flowers;
thanks to your love a certain solid fragrance,
risen from the earth, lives darkly in my body.
I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride;
so I love you because I know no other way
than this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.”
Pablo Neruda
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
coisas simples
«The best people possess a feeling for beauty, the courage to take risks, the discipline to tell the truth, the capacity for sacrifice. Ironically, their virtues make them vulnerable; they are often wounded, sometimes destroyed.»
Ernest Hemingway
Ernest Hemingway
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
coisas simples
"Never love a wild thing. If you let yourself love a wild thing you’ll end up looking at the sky."
Breakfast at Tiffany’s (1961)
Breakfast at Tiffany’s (1961)
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