sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
amor (latim amor, -oris), s. m.
"I don't eat
I don't sleep
I do nothing but think of you
You keep me under your spell"
Desire - Under Your Spell
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
qualidade do que é sensual
"I'm giving you a night call to tell you how I feel
I want to drive you through the night, down the hills
I'm gonna tell you something you don't want to hear
I'm gonna show you where it's dark, but have no fear"
Kavinsky - Nightcall
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
motes para um novo ano*
'Nothing's gonna get any better
If you don't have a little hope,
If you don't have a little love,
In your soul'
Girls - Forgiveness
* obrigado W. gosto muito de (tu)ti.
feliz natal
'É tarde já, vão sendo horas – horas de quê? De nada. De existir. De olhar ainda a luz, a vida. (...) Existir uma vez ainda no recomeço de existir. E saudar a vida ainda, como se pela primeira vez.'
Vergílio Ferreira
Vergílio Ferreira
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
abantesma
do grego phántasma, pelo latim phantasma
nome masculino ou feminino
fantasma; espetro; avejão. figurado: pessoa ou objeto que assusta por ser muito grande ou disforme.
n.b. - grande zé.
nome masculino ou feminino
fantasma; espetro; avejão. figurado: pessoa ou objeto que assusta por ser muito grande ou disforme.
n.b. - grande zé.
'a morte de cada um'
'Dudley Clendinen, escritor e jornalista, tem esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa terminal. Este ano no The New York Times, escreveu comoventemente sobre como goza a sua vida e sobre o seu plano para terminá-la quando, como ele o diz, “a musica parar – quando não for capaz de fazer o nó da gravata, contar uma história engraçada, passear o meu cão, falar com Whitney, beijar alguém especial ou escrever linhas como esta.”
Um amigo disse a Clendinen que este precisaria de comprar uma arma. Nos Estados Unidos, uma pessoa pode comprar uma arma e pôr uma bala no seu próprio cérebro sem infringir quaisquer leis. Mas se for uma pessoa respeitadora da lei que já está demasiado doente para comprar uma arma, ou para usar uma, ou se disparar sobre si não lhe parecer um modo pacífico e digno de terminar a vida, ou se simplesmente não quiser deixar uma sujeira para outros limparem, o que deve fazer? Não pode pedir a outra pessoa que dispare sobre si e, em muitos países, se disser ao seu médico que está farto e que gostaria que ele ou ela o ajudasse a morrer, estará a pedir ao seu médico para cometer um crime.
No mês passado, um painel de peritos da Royal Society do Canadá, presidido por Udo Schüklenk, professor de bioética na Universidade de Queens, publicou um relatório sobre tomadas de decisão em fim de vida [documento em inglês]. O relatório fornece uma argumentação forte para permitir que os médicos ajudem os seus doentes a morrer, desde que os doentes estejam capazes e solicitem livremente essa assistência.
A base ética do argumento do painel é não tanto o acto de evitar o sofrimento desnecessário de doentes terminais, mas mais o valor básico da autonomia individual ou autodeterminação. “O modo como morremos”, conclui o painel, “reflecte a nossa noção do que é importante tal como o fazem outras decisões centrais nas nossas vidas”. Num estado que protege os direitos individuais, então, decidir como morrer deveria ser reconhecido como um tal direito.
O relatório também oferece uma revisão actualizada de como a assistência dos médicos na terminação da vida está a funcionar nos “laboratórios vivos” – as jurisdições onde é legal. Na Suíça, bem como nos estados norte-americanos do Oregon, Washington e Montana, a lei agora permite aos médicos, a pedido, prescrever a um doente terminal um medicamento que lhe trará uma morte pacífica. Na Holanda, na Bélgica e no Luxemburgo, os médicos têm a opção adicional de responder ao pedido do doente através da administração de uma injecção letal.
O painel estudou relatórios de cada uma destas jurisdições, com a excepção de Montana (onde a legalização da morte assistida aconteceu apenas em 2009, não estando disponíveis ainda dados fiáveis). Na Holanda, a eutanásia voluntária foi responsável por 1,7% de todas as mortes em 2005 – precisamente o mesmo nível que em 1990. Além disso, a frequência de terminar a vida de um doente sem um pedido explícito do doente caiu para metade durante o mesmo período, de 0,8% para 0,4%.
Na verdade, vários estudos sugerem que terminar a vida de um doente sem um pedido explícito é muito mais comum noutros países, onde os doentes não podem pedir legalmente a um médico para terminar as suas vidas. Na Bélgica, embora a eutanásia voluntária tenha subido de 1,1% de todas as mortes em 1998 para 1,9% em 2007, a frequência de terminar a vida de um doente sem um pedido explícito caiu de 3,2% para 1,8%. No Oregon, onde a Death with Dignity Act [Lei da Morte com Dignidade] vigora há 13 anos, o número anual de mortes medicamente assistidas ainda não atinge 100 por ano e o total anual em Washington é ainda mais baixo.
O painel canadiano concluiu então que há indícios fortes para refutar um dos maiores medos que os oponentes da eutanásia voluntária ou da morte medicamente assistida frequentemente exprimem – que é o primeiro passo num caminho que levará a uma matança médica mais generalizada. O painel também considerou inadequadas várias outras objecções à legalização e recomendou que a lei no Canadá seja alterada para permitir o suicídio medicamente assistido e a eutanásia voluntária.
Estudos mostram que mais que dois terços dos canadianos apoiam a legalização da eutanásia voluntária – um nível que se tem mantido por várias décadas. Portanto não surpreende que o relatório tenha recebido forte apoio nos meios de comunicação convencionais do Canadá. O que é mais intrigante é a resposta fria dos partidos políticos do país, sem que algum tenha mostrado vontade de apoiar reformas legais nesta área.Há um contraste similar entre a opinião pública e a (in)acção política noutras paragens, incluindo o Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e vários países europeus continentais. Porque é que, quando se trata de morrer, as instituições democráticas têm tantas dificuldades em traduzir a vontade das pessoas em legislação?
Suspeito que, acima de tudo, os políticos convencionais temam as instituições religiosas que se opõem à eutanásia voluntária, mesmo que os crentes individuais não sigam muitas vezes a doutrina dos seus líderes religiosos. Sondagens em vários países mostraram que uma maioria de católicos, por exemplo, apoia a legalização da eutanásia voluntária. Mesmo na fortemente católica Polónia, mais pessoas apoiam hoje a legalização que aquelas que se lhe opõem.
Em qualquer caso, as crenças religiosas de uma minoria não deviam negar a indivíduos como Dudley Clendinen o direito de terminar as suas vidas do modo que escolherem.'
Peter Singer
Um amigo disse a Clendinen que este precisaria de comprar uma arma. Nos Estados Unidos, uma pessoa pode comprar uma arma e pôr uma bala no seu próprio cérebro sem infringir quaisquer leis. Mas se for uma pessoa respeitadora da lei que já está demasiado doente para comprar uma arma, ou para usar uma, ou se disparar sobre si não lhe parecer um modo pacífico e digno de terminar a vida, ou se simplesmente não quiser deixar uma sujeira para outros limparem, o que deve fazer? Não pode pedir a outra pessoa que dispare sobre si e, em muitos países, se disser ao seu médico que está farto e que gostaria que ele ou ela o ajudasse a morrer, estará a pedir ao seu médico para cometer um crime.
No mês passado, um painel de peritos da Royal Society do Canadá, presidido por Udo Schüklenk, professor de bioética na Universidade de Queens, publicou um relatório sobre tomadas de decisão em fim de vida [documento em inglês]. O relatório fornece uma argumentação forte para permitir que os médicos ajudem os seus doentes a morrer, desde que os doentes estejam capazes e solicitem livremente essa assistência.
A base ética do argumento do painel é não tanto o acto de evitar o sofrimento desnecessário de doentes terminais, mas mais o valor básico da autonomia individual ou autodeterminação. “O modo como morremos”, conclui o painel, “reflecte a nossa noção do que é importante tal como o fazem outras decisões centrais nas nossas vidas”. Num estado que protege os direitos individuais, então, decidir como morrer deveria ser reconhecido como um tal direito.
O relatório também oferece uma revisão actualizada de como a assistência dos médicos na terminação da vida está a funcionar nos “laboratórios vivos” – as jurisdições onde é legal. Na Suíça, bem como nos estados norte-americanos do Oregon, Washington e Montana, a lei agora permite aos médicos, a pedido, prescrever a um doente terminal um medicamento que lhe trará uma morte pacífica. Na Holanda, na Bélgica e no Luxemburgo, os médicos têm a opção adicional de responder ao pedido do doente através da administração de uma injecção letal.
O painel estudou relatórios de cada uma destas jurisdições, com a excepção de Montana (onde a legalização da morte assistida aconteceu apenas em 2009, não estando disponíveis ainda dados fiáveis). Na Holanda, a eutanásia voluntária foi responsável por 1,7% de todas as mortes em 2005 – precisamente o mesmo nível que em 1990. Além disso, a frequência de terminar a vida de um doente sem um pedido explícito do doente caiu para metade durante o mesmo período, de 0,8% para 0,4%.
Na verdade, vários estudos sugerem que terminar a vida de um doente sem um pedido explícito é muito mais comum noutros países, onde os doentes não podem pedir legalmente a um médico para terminar as suas vidas. Na Bélgica, embora a eutanásia voluntária tenha subido de 1,1% de todas as mortes em 1998 para 1,9% em 2007, a frequência de terminar a vida de um doente sem um pedido explícito caiu de 3,2% para 1,8%. No Oregon, onde a Death with Dignity Act [Lei da Morte com Dignidade] vigora há 13 anos, o número anual de mortes medicamente assistidas ainda não atinge 100 por ano e o total anual em Washington é ainda mais baixo.
O painel canadiano concluiu então que há indícios fortes para refutar um dos maiores medos que os oponentes da eutanásia voluntária ou da morte medicamente assistida frequentemente exprimem – que é o primeiro passo num caminho que levará a uma matança médica mais generalizada. O painel também considerou inadequadas várias outras objecções à legalização e recomendou que a lei no Canadá seja alterada para permitir o suicídio medicamente assistido e a eutanásia voluntária.
Estudos mostram que mais que dois terços dos canadianos apoiam a legalização da eutanásia voluntária – um nível que se tem mantido por várias décadas. Portanto não surpreende que o relatório tenha recebido forte apoio nos meios de comunicação convencionais do Canadá. O que é mais intrigante é a resposta fria dos partidos políticos do país, sem que algum tenha mostrado vontade de apoiar reformas legais nesta área.Há um contraste similar entre a opinião pública e a (in)acção política noutras paragens, incluindo o Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e vários países europeus continentais. Porque é que, quando se trata de morrer, as instituições democráticas têm tantas dificuldades em traduzir a vontade das pessoas em legislação?
Suspeito que, acima de tudo, os políticos convencionais temam as instituições religiosas que se opõem à eutanásia voluntária, mesmo que os crentes individuais não sigam muitas vezes a doutrina dos seus líderes religiosos. Sondagens em vários países mostraram que uma maioria de católicos, por exemplo, apoia a legalização da eutanásia voluntária. Mesmo na fortemente católica Polónia, mais pessoas apoiam hoje a legalização que aquelas que se lhe opõem.
Em qualquer caso, as crenças religiosas de uma minoria não deviam negar a indivíduos como Dudley Clendinen o direito de terminar as suas vidas do modo que escolherem.'
Peter Singer
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
coisas simples
'So forgive me for feeling so strongly
But I feel like we can finally agree
That true lovers always end up lonely
Cause they know how good it could be'
The Dawes - The Way You Laugh
But I feel like we can finally agree
That true lovers always end up lonely
Cause they know how good it could be'
The Dawes - The Way You Laugh
coisas simples
esboço de uma relação entre o ser e a natureza
'Os que vivem devagar não olham para trás,
nem sabem o que vem à sua frente. Sentam-se
na vida que apanham quando o tempo passa
por eles, e tiram-na dos ramos pesados
como se fosse o fruto que vão abrir
com o cansaço dos seus dedos.
Os que vivem devagar desenham
os seus passos no chão para onde não olham,
quando atravessam o instante, e sabem que
o seu movimento é como o das árvores
que o vento agita, e nunca saem
do lugar onde têm a sua raiz.
Os que vivem devagar têm a pressa
da folha que cai, no outono, e flutua
com o último brilho de um viço
estival, antes de pousar onde a terra
preparou o seu leito, e aí adormecer
na doce corrupção da eternidade.'
Nuno Júdice
'Os que vivem devagar não olham para trás,
nem sabem o que vem à sua frente. Sentam-se
na vida que apanham quando o tempo passa
por eles, e tiram-na dos ramos pesados
como se fosse o fruto que vão abrir
com o cansaço dos seus dedos.
Os que vivem devagar desenham
os seus passos no chão para onde não olham,
quando atravessam o instante, e sabem que
o seu movimento é como o das árvores
que o vento agita, e nunca saem
do lugar onde têm a sua raiz.
Os que vivem devagar têm a pressa
da folha que cai, no outono, e flutua
com o último brilho de um viço
estival, antes de pousar onde a terra
preparou o seu leito, e aí adormecer
na doce corrupção da eternidade.'
Nuno Júdice
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
frases que tinham tudo para dar certo
essa foi muito bem metida.
a inexistência de aspas deve-se ao simples facto de ter sido a minha pessoa a proferir esta pérola.
a inexistência de aspas deve-se ao simples facto de ter sido a minha pessoa a proferir esta pérola.
factos
'O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.'
Álvaro de Campos
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.'
Álvaro de Campos
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
grandiosidades
Marie-Antoinette: This is ridiculous.
Comtesse de Noailles: This, Madame, is Versailles.
Marie Antoinette
Comtesse de Noailles: This, Madame, is Versailles.
Marie Antoinette
frases que tinham tudo para dar certo
'lá são maiores'
colega de trabalho, a propósito de uma visita a áfrica, reportando-se, obviamente, a hambúrgueres.
colega de trabalho, a propósito de uma visita a áfrica, reportando-se, obviamente, a hambúrgueres.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
'era o café e um digestivozinho'
"I don't want to change your mind,
I don't want to change the world.
I just want to watch it go by.
I just want to watch you go by."
The Strokes - Under Control
a propósito das manhãs de silêncio
'Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...'
Fernando Pessoa
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...'
Fernando Pessoa
amor (latim amor, -oris), s. m.
William Parrish: Love is passion, obsession, someone you can't live without. I say, fall head over heels. Find someone you can love like crazy and who will love you the same way back. How do you find him? Well, you forget your head, and you listen to your heart. And I'm not hearing any heart. Cause the truth is, honey, there's no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love, well, you haven't lived a life at all. But you have to try, cause if you haven't tried, you haven't lived.
Meet Joe Black
Meet Joe Black
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
sonoridades
'Così dimentico sempre
l’idea principale, mi perdo
per strada, mi scompongo
giorno per giorno ed è vano
tentare qualsiasi ritorno.'
P. Cavalli
l’idea principale, mi perdo
per strada, mi scompongo
giorno per giorno ed è vano
tentare qualsiasi ritorno.'
P. Cavalli
para dormir de um sono só
'Hide your eyes, hide your tears,
Hide your face, my love
Hide your ribbons, hide your bows
Hide your coloured cotton gloves
Hide your trinkets, hide your treasures
Hide your neatly scissored locks
Hide your memories, hide them all
Stuff them in a cardboard box
Or throw them into the street below
Leave them to the wind and the rain and the snow
For you might think I'm crazy
But I'm still in love with you'
nick cave and the bad seeds - still in love
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
'bacanaço'
Cat's Eyes - The Best Person I Know
fui tomar café com o meu avô. e é incrível como o 'bacanaço' ainda me consegue fazer rir. ouvindo-me falar durante alguns minutos diz no final: 'sabes, não ouvi nada do que disseste mas como tenho a certeza que nunca dirias nada de errado nem tive coragem para te interromper'.
sobre as lágrimas
Elsa Fornero in lacrime
elsa é ministra em itália. chorou quando apresentava o plano de austeridade. não sei se é boa ou má pessoa. o facto de ter o nome da minha mãe será para mim um bom indicador. também não sei se os filhos, ou netos, ou o que seja, gostam dela. não sei se dá gorjetas ou participa em acções de solidariedade. não sei se é de esquerda ou de direita. sei que gostei de a ver ter uma atitude humana. fala-se de crise, números, reduções, cortes e muito, mas muito raramente se fala de pessoas. elsa provou que é apenas uma delas e que também chora. faltam-nos mais pessoas que se comportem como pessoas, na política e na vida.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
sexta-feira *
'Well come back and kiss me
It's been a while
I need to hold you
And see you smile'
Best Coast - When You Wake Up
* porque se elas (desculpa Bobb) tivessem um dia semana, seria certamente a sexta-feira.
a propósito de uma sexta-feira *
Best Coast - Everybody's Gone
* que pensava que era uma segunda-feira. assustou-se. passado uma semana passou-lhe.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
barcelona *
Filho da Mãe - Sobretudo
* tenho saudades daquela esplanada e dos finais de tarde em que o tempo se arrastava e não havia pressa para chegar a lado algum.
a propósito de uma quarta-feira *
Nuno Prata - Isso Foi Antes
* que achava que era uma sexta-feira. foi feliz durante uma semana. depois passou-lhe.
para dormir de um sono só *
Pedro Abrunhosa - Lua
* a todos os pseudos, o meu humilde e envergonhado pedido de desculpas. à W, agradeço encarecidamente aquele belo hambúrguer.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
para dormir de um sono só
'the wind shook the kiss from your mouth
before i could learn whose twin i was
your face familiar like a light in the water
just your touch could cure my lonesome blood
you let go of everything you had
and everything got left here waiting for what comes next
the state of things is tied to me
and i've been careless i think too much
i want to lie still near you i want to
the wind shook the kiss from your mouth
before i could learn whose twin i was'
posso
'Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.'
pablo neruda
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.'
pablo neruda
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
'YOU SHALL NOT PASS!' *
aumentam os impostos e eu tudo bem.
reduzem-me o subsídio de natal e eu tudo bem.
sobem o iva da restauração e eu tudo bem.
agora, querem acabar com o feriado no meu dia de anos?! isso não posso tolerar. sempre contei com esse dia para ressacar da noite de aniversário e assim de repente tiram-me este direito adquirido. não há pachorra. foram longe demais desta vez!
* aqui
reduzem-me o subsídio de natal e eu tudo bem.
sobem o iva da restauração e eu tudo bem.
agora, querem acabar com o feriado no meu dia de anos?! isso não posso tolerar. sempre contei com esse dia para ressacar da noite de aniversário e assim de repente tiram-me este direito adquirido. não há pachorra. foram longe demais desta vez!
* aqui
a propósito de uma formação - parte X (o grande final)
' é aí que saímos do sério. mas temos de nos manter no sério'
a propósito de uma formação - parte V (sobre a profundidade intelectual # 2)
'é para não atacar o sistema de coiso'
a propósito de uma formação - parte IV (conversas no júlio de matos)
senhor: já estou surdo!
senhora: ainda me ouve?!
senhor: oiço.
senhora: mas pode deixar de ouvir!
senhora: ainda me ouve?!
senhor: oiço.
senhora: mas pode deixar de ouvir!
coisas simples
'Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios.'
nuno júdice
para dormir de um sono só
'True love regrets to inform you
there are certain things
you must do
to perceive his face
and the saints on the wall'
Destroyer - Foam Hands
amor (latim amor, -oris), s. m.
os teus pés
'Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem'
pablo neruda
'Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem'
pablo neruda
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